Exaustão nas relações
- Paula Nascimento
- 14 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 22 de mar. de 2024
Estava ouvindo esses dias um episódio do Podcast "Bom dia, Obvious" da Marcela Ceribelli sobre um tema muito persistente atualmente que é o cansaço que as relações estão nos trazendo atualmente, o que me deu ideia para escrever esse post.
Precisamos entender, que enquanto seres de afetividade, precisamos conviver uns com os outros e nos relacionar de maneira satisfatória sempre que possível, entretanto, estar disponível para os afetos nos exige bastante energia, esforço e um tantinho também de percepção sobre nós próprios (o autoconhecimento nos proporciona essa compreensão).
A palavra limite quando tratamos de pessoas é de extrema importância, precisamos estabelecer alguns quase sempre em nossos relacionamentos, sejam eles de amizade, familiares, amorosos, de trabalho etc.
Amar ou gostar muito de alguém não pode estar atrelado a uma permissividade de que o outro faça o que bem quiser sem parar para compreender quando sinalizamos se nos faz bem ou não, da mesma forma que precisamos estar atentos para quando as pessoas que se relacionam conosco nos comunicam que não estão bem com algo que fizemos ou dissemos. Precisamos de muita reciprocidade, diálogo, respeito e disponibilidade para dividir espaços com outras pessoas.
Contudo, em muitas relações, percebo que há uma certa desigualdade nos investimentos dos afetos, onde um se doa e se disponibiliza mais que o outro, o que acaba gerando um desgaste emocional maior em um deles se desenrolando até em um adoecimento a longo prazo.
Sendo assim, para que um relacionamento saudável possa existir, é preciso saber dos nossos limites e falar para o outro quando algo não está funcionando para nós nessa dinâmica e se de fato existe afeto e amor mútuo, a outra pessoa vai entender os nossos nãos e as nossas condições para que aquela relação funcione bem para ambos.
Saiba que a psicoterapia nos proporciona autoconhecimento e nos ajuda em nossa relação com nós mesmos e com os outros.
Abraços,
Maria Paula do Nascimento | Psicóloga Clínica
